Eu gosto dela o suficiente pra pensar nela todo o tempo.
O suficiente pra pensar em mudar, o suficiente pra não ter problema em mudar.
O suficiente pra aceitar assistir as quebras de limite e a superação das barreiras, suficiente pra tentar acompanhar e passar três dias depois a base de remédios pra dor.
Gosto o suficiente pra gostar dessa paranóia. Dessa sua coisa de ignorar limites e ignorar avisos e ignorar nãos. Ignorar meus nãos.
Gosto tanto que, pela primeira vez, a maluquice saudável que sempre julguei e achei boba e vazia, fez todo sentido.
Gosto o suficiente pra tudo. Pra passar a fazer tudo, pra mudar tudo.
Garota, gosto de você.
Gosto o suficiente para gostar sozinha e continuar gostando em silêncio.
Gosto o suficiente pra me dar meses pra esquecer, meses pro silêncio calar a saudade e a saudade calar o calor.
Gosto do gostar e do jeito que você me fez lembrar de sentimentos bons.
Gosto do tanto que você me lembrou que não sou vazia. Que tenho quedas e paixões. Gosto do tanto que você me lembrou que gosto de viver.
Gosto o suficiente de tudo isso. Suficientemente gosto de você.
